ENTEOGNOSE

A enteognose é o conhecimento obtido através da utilização de substâncias psicoativas que promovem estados não ordinários de consciência e foram nomeadas pelo termo enteógeno. Substância ou substâncias em sua maioria extraídas de vegetais e que são utilizadas ritualisticamente pelo ser humano desde o alvorecer da humanidade. Enteógeno significa literalmente “manifestação interior do divino”.

Os enteógenos utilizados desde tempos imemoriais por xamãs em praticamente todas as culturas humanas para atingir estados de êxtase e contatos com planos mais sutis da existência e como veículo facilitador para que a consciência do xamã saia do corpo para outros planos permitindo a interação com seres de outra dimensões ou que estão nesta dimensão, porém em níveis vibracionais incaptáveis aos sentidos humanos em estado natural.

O Grande Verde Venenoso que foi o jato de veneno da Grande Serpente Velha dentro da criação, contaminou parte dessa criação, certas plantas e animais, com sua própria substância e essa substância têm a capacidade de despertar o Espírito enclausurado na matéria.
E é este Enteógeno que foi e continua a ser utilizada para esta finalidade.

Dentro do contexto de despertar o Espírito, utilizamos em nossa ritualística de terreiro e como ferramenta em nosso instituto, diversas plantas de poder em conjunto com a força da Serpente Antiga que é canalizada pelos mestres Exus e Pombagiras.


Finalizamos esta página com a convicção que a Enteognose é uma poderosa via para o despertar do Espírito e é acessível a qualquer um que esteja convicto em seu caminho de despertar desta ilusória escravidão transitória.

A FORMAÇÃO DA EGRÉGORA QUIMBANDA CEIFADORES

A FORMAÇÃO DA EGRÉGORA QUIMBANDA CEIFADORES

A Quimbanda Ceifadores teve início com a união dos Exus Tata Caveira, 7 Caveira, Morcego, Mirim, 7 Porteira, Zé do Coco, Zé Caveira, Nego Véio Zuza e Zé Pretinho e das Pombagiras Tata Mulambo, Maria Quitéria, Maria Amélia, 7 Porteiras, Rosa Caveira, Rosa Negra, Maria Caveira, Morcego e Dama do Sangue. Com o passar do tempo outros Exus e Pombagiras vieram a fazer parte da Egrégora Quimbanda Ceifadores.

Estes Exus e Pombagiras que se manifestavam da forma tradicionalmente estabelecida, manifestando-se cada qual em sua falange de origem, se dispuseram a criar uma nova egrégora, solicitando aos Maiorais de suas falanges e reinos para que pudessem dar continuidade ao desafio que se apresentou durante as práticas, de tornar manifesta em terras brasileiras e utilizando a via sinistra que aqui se apresenta, uma prática contrária à escravidão do Espírito pelo demiurgo. 

Este fato foi necessário e possível quando a contraparte no plano físico atingiu a compreensão de que ou continuaria com o culto aos Exus e Pombagiras da forma tradicional ou empreenderia em uma nova forma de prática, utilizando das forças catalisadoras que se apresentaram em nosso País para atingir o objetivo de libertar o Espírito e retornar ao Caos Primordial.

A libertação do Espírito da escravidão da existência não é uma prática nova ou inédita, mas que até então era necessário se conectar com egrégoras estabelecidas em outros idiomas, culturas e formas de prática e por este motivo tornavam difícil ou inacessível para o buscador que têm este objetivo na Senda Sinistra.

Palavras como: Quimbanda, Exu, Pombagira, Kiumba, Egun, Macumba e outras serviram para os Poderosos Mortos como peças de um quebra cabeça, onde o buscador que iniciou o despertar de seu Espírito e luta por sua Libertação pudessem montar diversos cenários que sirvam de guias para atingir este objetivo.

Estas e outras palavras dão pistas ao buscador de onde ele pode encontrar Forças Ancestrais Iradas que fazem guerra ao demiurgo, seus arcontes e asseclas e embora questões etimológicas existam, o fato é que todas as palavras do caldo cultural que o Brasil foi formado e têm a conotação que foi imposta pelos asseclas do demiurgo como sendo “do diabo” se tornaram símbolos da Via Sinistra no Brasil e estas questões etimológicas mostram-se sendo apenas máscaras e não se trata de modificar ou impor um significado aleatório, pois o simbolismo foi reforçado justamente por quem agora se apressa em tentar dissolvê-lo.  

A iniciativa em criar uma egrégora com este objetivo utilizando a parte da Escuridão do Grande Abismo que tomou forma no Brasil se apropriando das nomenclaturas de outras culturas que se estabeleceram em nosso País mas que claramente têm sua origem em práticas de Feitiçaria e Bruxaria de ataque ao sistema escravagista ainda vigente, resistência contra a tirania imposta por todos os sistemas religiosos e que representam em suas manifestações a Grande Serpente Antiga que demanda contra a criação e a escravidão do Espírito Acausal na matéria imperfeita.

A egrégora Quimbanda Ceifadores tem como Maioral a Morte e presta honras à Grande Serpente Antiga que é o Maioral dos Maiorais.

O culto à Morte que a Quimbanda Ceifadores se esforça em representar é o culto à verdadeira Morte, a cessação da existência em todos os níveis energéticos e em todos os multiversos onde haja existência material em qualquer aspecto que se apresente e a libertação do Espírito Acausal.

Repetimos o que foi escrito acima, esta não é uma prática ou objetivo inédito, sendo encontrada ainda em uso no Tibet na forma do Budismo da Escola do Norte em seu Livro Sagrado Bardo Thodol, no Gnosticismo Clássico, nas práticas Qliphóticas do Livro de Azerate, no Thursatru Nórdico, na forma de Budismo conhecida como Chod do Budismo Bon, em práticas Tântricas na Índia que é de onde o termo “mão esquerda” ou Vamachara deriva, no culto aos Ajoguns na Nigéria, no Xamanismo Negro onde são cultuados os Senhores da Guerra e do Inferno, enfim diversas formas práticas de conduzir o buscador que iniciou o despertar do seu Espírito à grande libertação da ilusão da criação que foi imposta pelo demiurgo, o sonhador imperfeito, o déspota que ordenou as fagulhas Espirituais apenas para sua manutenção e de seus arcontes.

Desta forma, sob a instrução de nossos Mestres Exus e Pombagiras ousamos a aceitar este desafio, se teremos sucesso não sabemos, se iremos permanecer firmes no propósito até as últimas consequências, com certeza! 

INICIATIVA

A Prática Sinistra em qualquer vertente que se manifeste, exige do adepto iniciativa, sem esta qualidade é impossível que se prossiga pela via obscura, poderíamos citar aqui inúmeras outras qualidades,  mas nesta postagem vamos focar nesta que talvez seja a qualidade principal e inicial por quem começou a trilhar o caminho da Serpente Antiga.

Iniciativa é a primeira indicação de que o Espírito iniciou seu despertar. De alguma forma e em qualquer época da vida em que o ser humano esteja, como um choque de adrenalina que a princípio não se compreende muito bem, a iniciativa rompe o estado letárgico em que o ser humano se encontrava, e ele começa a impor a sua vontade em situações que normalmente seguiria com o rebanho dos adormecidos.

O Espírito preso neste ser humano começa ainda que de forma tímida e desajeitada a se manifestar, geralmente com rompantes de negação em seguir o condicionamento em que estava. Outra indicação desta iniciativa é que o ser humano passa a se tornar mais criativo tanto em apresentar habilidades artísticas, quanto em dar soluções inusitadas e eficazes para problemas de seu cotidiano.

Obviamente o sistema vigente observa estes indivíduos que começam a sair do seu rebanho e inicia a coerção que pode ser de forma sútil, como rótulos sociais, fases mentais ou até uma doença mental de modo que a pressão do rebanho entorpeça novamente o Espírito, de formas indiretas procurando direcionar para o sistema a iniciativa do indivíduo de tal forma que por estar o Espírito ainda nos estágios iniciais do despertar ele não perceba que está sendo coagido a retornar ao rebanho ou de forma direta perseguindo e até eliminando o indivíduo.

Seja como for que se manifeste, a iniciativa é sempre um indicador de despertar Espiritual e quanto mais rapidamente o Espírito consegue focar a atenção nesta energia nova, o torpor inicial desaparece e o Espírito começa a saber o que fazer, fortalecendo e  direcionando esta iniciativa para liberar-se de suas amarras.

Por nossa experiência e também observação podemos escrever que a busca do autoconhecimento, o auto aperfeiçoamento e o questionamento do status quo são as primeiras quebras de paradigma que o Espírito empreende esforços. Como escrevemos mais no início, com a energia da iniciativa surgem habilidades criativas até então imanifestas, a senciencia começa a aflorar e como a chuva corre para o rio que deságua no mar, o Espírito Acausal adentra ao fluxo do Grande Verde Venenoso até conseguir mergulhar no Oceano do Caos Eterno, tornando-se ele mesmo Serpente.

Para encerrar esta postagem, podemos afirmar que o praticante de qualquer vertente do caminho canhoto que não desenvolve iniciativa esta apenas cultivando fantasia.

Se o medo te domina e paralisa, se você se sente bem somente rodeado por outras pessoas, se não busca o autoconhecimento e a autossuficiênciancia, se o domínio de si mesmo é algo estranho , se não gosta de assumir riscos e fundamentalmente se você não coloca em prática aquilo que aprende ou não desenvolve uma prática própria, esqueça da Prática Sinistra!

Veneficus Malus – TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES

OS ADVERSÁRIOS DA CRIAÇÃO – PARTE 01

Com o advento da criação o demiurgo e seus arcontes conseguiram dividir a energia Espiritual em múltiplas partículas para animar a matéria criada possibilitando que esta partícula Espiritual reagisse na matéria de tal forma que o resultado dessa reação se torne o alimento energético que eles utilizam para se manterem separados no e do Caos. Isto foi possível pela ordenação cósmica e da dualidade positivo/negativo culminando na reação Solve et Coagula, gerando o prana, alma, energia vital ou o alimento dos deuses.

A Grande Serpente Antiga lançou então um jato de sua saliva, que na criação se tornou o Grande Verde Venenoso, esta emanação é o contrário do prana e não servindo de alimento para o demiurgo e seus arcontes tornou-se Veneno para eles. O Grande Verde Venenoso é assim denominado pois esta emanação conseguiu se mesclar mais em plantas nesta dimensão e em equivalentes em outras e têm a capacidade de despertar a partícula Espiritual e esta partícula Espiritual ou Espírito uma vez consciente de sua condição de escravo, desenvolve uma feroz luta para se libertar.

Uma vez que o Espírito consegue se libertar, ele consegue alcançar o Caos infinito através da permanente brecha aberta na criação que é mantida pela infecção do Grande Verde Venenoso. Alguns Espíritos resolveram se manter na criação, tendo como veículo o Grande Verde Venenoso para fazer guerra ao demiurgo e seus arcontes e extinguir a criação. Estes Espíritos, os Adversários da criação durante muitos Aeons guerrearam duramente contra a criação, chegando a conseguir destruir-la diversas vezes, porém como a destruição da matéria não despertou as fagulhas Espirituais, o demiurgo e seus arcontes conseguiram reunir a matéria ainda impregnada e novamente restaurar a criação, e expulsar muitos dos Adversários que se propuseram a permanecer para combate-los.

Após diversos Aeons os Adversários da criação aprimoraram sua estratégia de guerra e neste Aeon chegaram à conclusão de que a melhor tática para extinguir a criação, seu criador e seus apoiadores é a tática de esvaziamento da matéria.

Nesta tática os Adversários permanecem na criação através do Grande Verde Venenoso despertando as fagulhas Espirituais, que quando despertas se libertarão da matéria, enfraquecendo assim o alimento dos deuses, matando a criação por dentro. Com esta estratégia os Adversários da criação também tornam Adversários alguns Espíritos que resolvem por vontade própria juntar-se a guerra.

Esta estratégia que batizamos de Infecção Nuclear Destrutiva, é aplicada em todos os multiníveis vibracionais energéticos da matéria em todos os multiversos e batizamos assim pois a matéria, não importa em qual nível energético ou multiverso é sempre estruturada da mesma maneira, deiferenciando-se apenas vibracionalmente.

Os Adversários da criação são retratados de diversas maneiras nas mais diversas culturas e eras, sempre retratados como malignos pelos asseclas do demiurgo, e têm suas imagens divulgadas com aparências terríveis e grotescas, por exemplo a deusa hindu Maha Kali ou as imagens dos Exus e Pombagiras, porém o Espírito que ainda preso na matéria mas que despertou ou inicia seu despertar, enxerga além destas imagens, mesmo que inicialmente atraídos por estas representações, o Espírito se reconhece nelas e com o aprofundamento de seu auto conhecimento percebe que não há nada na criação que possa representar o Espírito Acausal.

INCORPORAÇÃO, POSSESSÃO E EXCORPORAÇÃO

O TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES têm como parte de suas práticas o contato com almas dos mortos, entidades não humanas e forças cósmicas e o contato com as forças do inconsciente do praticante. Seguimos estas três formas de prática como caminho para a libertação do Espírito do praticante, pois este tipo de contato mais invasivo com energias externas pode provocar no espírito um choque por aversão, onde o Espírito Desperto consegue desprender energia suficiente para se libertar, deixando o cárcere da criação de uma vez. Dizemos choque por aversão pelo fato de que ao entrar em contato com a alma dos seres humanos mortos, entidades não humanas e forças cósmicas e o contato com as forças do próprio inconsciente que também se tornam externas por constelação, o Espírito Acausal consegue enxergar a extensão de sua prisão, ou seja, o Espírito consegue a compreensão total de que as almas dos mortos, as forças cósmicas, entidades não humanas e suas próprias forças mantidas inconscientes estão presas em uma trama mantida pelo demiurgo e seus arcontes e que não importa o nível dimensional em que esteja, a enormidade de potência que represente ou seja, enquanto estiver habitando a criação o Espírito é e será sempre apenas mais um escravo. Esta profunda compreensão se torna então a aversão a criação e à condição de escravo, gerando a energia para que o Espírito rompa as cadeias que o prendem.

Adotamos as nomenclaturas já existentes no meio “espiritual”, por assim dizer, das palavras: Incorporação e Possessão e acrescentamos uma terceira que é mais utilizada no âmbito acadêmico da psicologia, porém servindo muito bem para conseguir traduzir em uma palavra a prática que também realizamos: a Excorporacão. Não nos deteremos em elucubrações etimológicas e conceituais, apenas basta saber que as palavras utilizadas descrevem as nossas práticas, trazendo à mente fenômenos bastante conhecidos.
Nesta postagem escreveremos brevemente sobre estas três práticas que realizamos.

INCORPORAÇÃO

A incorporação é uma prática onde se propõe que a alma de um ser humano morto possa se conectar a um médium através dos chakras e comandar seu corpo conseguindo assim interagir com o meio em que se manifesta. A incorporação pode acontecer em diversos níveis de consciência do médium e de controle da alma, sendo o mais leve como uma inspiração onde o médium sofre uma forte corrente mental que o influência e o médium traduz esta influência, até um grau mais profundo onde o médium possui pouca ou nenhuma consciência e controle sobre seu corpo e a alma do morto pode interagir com os vivos, se apresentando com todas as suas características, ou seja, mode de falar, expressões, trejeitos e em alguns casos até odores.
Há um sem número de técnicas para desenvolvimento desta habilidade assim como finalidades e é uma prática comum em diversas culturas ao redor do mundo.
Em algumas culturas também é utilizada a técnica de incorporação de almas de seres humanos vivos, onde a alma de um ser humano que está adormecido ou entorpecido têm a capacidade de se deslocar na dimensão dos mortos e incorporar em um médium, trazendo assim uma comunicação mais confiável, pois o ser humano que realiza esta técnica é membro da sociedade e passível de ser responsabilizado caso incorra em engodo.
Seja como for, a incorporação é um fenômeno humano comum, bastando ao praticante boa vontade para cumprir certas etapas e paciência para obter um resultado satisfatório.

POSSESSÃO

A possessão é uma prática onde uma entidade não humana ou uma força cósmica toma por completo o corpo e a consciência do praticante, diferentemente da incorporação, a possessão não é algo comum e não é uma prática corriqueira, pois para que aconteça a possessão são necessárias além da predisposição do praticante, uma preparação especial e alguma ritualística mais elaborada. Desde a Grécia Antiga que são os registros escritos mais antigos que se têm desta prática até a Índia moderna onde entidades não humanas e forças cósmicas se apoderam de corpos humanos em festivais religiosos, encontramos também esta prática na Africa, Tailândia, Polinésia, Países Nórdicos, Países do Leste Europeu, alguns países do Reino Unido e alguns países Árabes.
A possessão têm finalidades bem definidas e de caráter geral, ou seja, têm sua utilização para a sociedade ou coletividade que realiza o ritual, seja para abundância de colheitas e desenvolvimento de criações de animais, para favorecimento em guerras ou proteção contra inimigos da coletividade, para livrar a coletividade de pragas, desastres e mortalidade infantil entre outras finalidades que atendam a coletividade ou a sociedade.
A possessão da mesma entidade não humana ou força cósmica também pode ocorrer de forma coletiva, onde uma única força ou entidade possui diversos indivíduos de uma vez, ou diversos aspectos desta força e diversas entidades de mesma função ou hierarquia podem possuir mais de um indivíduo e mais raramente podem possuir um único indivíduo, porém nestes raros casos a destruição do corpo do indivíduo é certa e é vista na sociedade ou coletividade onde ocorre como um sacrifício à força cósmica ou entidade não humana.

EXCORPORAÇÃO

A excorporação pressupõe colocar para fora do indivíduo aquilo que lhe faz mal. Em nossa prática aplicamos a técnica de excorporação para que o praticante possa externar suas forças inconscientes sombrias e assim identificá-las e dar-lhes utilidade e então integrar estas forças novamente em seu Espírito.
As forças sombrias do inconsciente são aspectos do Espírito que está encarcerado pela ilusão da consciência e quando o praticante começa a excorporar estas forças, as identificando e fazendo uso delas, acabará por compreender que apesar de parecerem forças externas, pois estão consteladas, são na verdade uma única força que é a força do seu Espírito, passando assim a tornar-se um Espírito Desperto e conforme vai avançando na prática, vai destruindo as barreiras da ilusão que o colocam como seres em separado, praticante e Espírito, em um só ser, o Espírito Acausal.
Esta é uma prática que demanda comprometimento total do praticante e apesar de ser acessível a qualquer pessoa, pois não envolve ritualística complicada, local específico, ou qualquer outra coisa que não seja a vontade e compromisso, também é uma das práticas mais difíceis de serem realizadas.
Encontramos esta prática em algumas regiões da Asia e da Índia.

Independente da máscara que utilizamos ou do papel que desempenhamos na criação e em qualquer nível energético ou dimensional, enquanto existimos somos escravos……

NECROMANCIA

A ARTE DE SE COMUNICAR COM OS MORTOS

Interagir com forças fora de sua compreensão talvez tenha sido o gatilho para o despertar da prática de magia pelo ser humano e ao observar a Morte o ser humano compreendeu que a maior força a agir no mundo é a cessação da vida material.
Talvez tenha sido o definhar por causa de alguma doença, a velhice ou a inércia súbita de um corpo humano ao solo e sua rápida decomposição que deram ao ser humano a visão que o corpo humano é mutável, transformando-se de ser ativo, constituído de carne, sangue e órgãos em ossos inertes e que a contemplação destes ossos, a forte lembrança do antigo ser de carne e ao ofertar alimento, bebida e sangue para assim tentar reverter esta terrível metamorfose, algo finalmente aconteceu…vultos com a aparência do antigo ser vivo, seres diáfanos que intentavam a comunicação com quem ainda estava vestido de carne…
E assim desde tempos imemoriais o ser humano vêm se comunicando com os mortos.

Em vários estudos arqueológicos podemos encontrar culturas ao redor do mundo em que a prática de se comunicar com o mundo dos mortos fazia parte da vida diária. Diferente do culto aos mortos e antepassados, que com o avançar da História ganhou o status de religião e assim foi controlado e subjugado pelo sistema vigente, a comunicação com os mortos perdura até os dias atuais como prática cotidiana mesmo sendo relegada e perseguida.

NECROMANCIA,  palavra pela qual conhecemos esta prática atualmente e em sua raiz grega significa adivinhação pela morte ou mortos, têm descrição nos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga e também em outros textos  antigos de várias culturas e segue modus operandi igual ou similar em todas as culturas antigas, sempre com as mesmas finalidades: consultar o futuro, o aconselhamento sobre questões diversas e esclarecimento sobre a condição do ser humano após a Morte.

Em um dado momento da História da Necromancia, esta interação com os mortos passou a ser utilizada também como meio de resolução de problemas corriqueiros e foi estabelecido uma espécie de escambo com os mortos para as mais diversas finalidades e como tal prática jamais desapareceu da vida cotidiana e retirando assim parte do “poder” das religiões e seus sequazes,
a Necromancia foi demonizada e classificada como prática de pessoas de má índole e do vulgo ignorante.

A Necromancia talvez seja a porta de entrada que mais atrai pessoas para a prática de bruxaria e não importa quais forem as finalidades que inicialmente sejam almejadas, fatalmente a pessoa que pratica a Necromancia acabará por alagar seus horizontes, se é possível que se diga assim no mundo dos mortos, chegando à questão excruciante e à encruzilhada definitiva:
” SE CONTINUAMOS A EXISTIR APÓS A MORTE E NOS MANTEMOS EM UM ESTADO MISERÁVEL ONDE NECESSITAMOS DE ENERGIA PARA SATISFAZER A FOME E A SEDE, CONTINUAREMOS COMO ESCRAVOS ATÉ QUANDO?”

A Necromancia é uma ferramenta poderosa na Alquimia Negra, onde o praticante a partir do contato e relação com espíritos ainda presos na ilusão, possa despertar seu próprio espírito, pois o relacionamento constante e aprofundado com espíritos cada vez mais obscuros e antigos vai por experiência própria revelar as tramas profundas de maia e assim o praticante conquistará a Necrognose, o livrando da morte demiurgica realizada pelo arconte azazel, revelando a verdadeira Morte, o portal para o Outro Lado.

BRUXARIA VERSUS FEITIÇARIA

No TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES desenvolvemos a nossa ritualística com o objetivo de libertar nossos Espíritos despertos e dentro desta ritualística que convencionamos chamar de Bruxaria, também praticamos a feitiçaria. Há uma distinção que para nós é clara e vamos abordar de forma breve nesta postagem.

FEITIÇARIA

A feitiçaria é a arte do feiticeiro ou feiticeira, dizemos arte pois a feitiçaria envolve desenvolver alguma forma de artesanato produzido para atingir um objetivo por meio da veiculação energética do praticante que fez a arte.
Bonecos, velas artesanais, sabonetes, guirlandas e saches de ervas, pós, banhos de todas as espécies, desenhos, pinturas, esculturas, canções, rezas e um sem fim de artesanatos produzidos pela criatividade do praticante e imantados com sua energia no intento de atingir qualquer objetivo pela atuação desta energia. A arte da feitiçaria envolve o conhecimento de ervas, minerais, propriedades de certos animais ou parte deles, a manipulação destes materiais para a produção de cura ou veneno, de rezas e ritmos musicais para facilitar o transe e desprender ou imantar e enviar a energia para o objetivo alvo.
Muitos dos objetivos da feitiçaria que é realizada, são atingidos somente pela atuação direta do praticante, por exemplo, a utilização de pós em locais e pessoas, comidas oferecidas e etc.. e com isso uma “aura mística” se constrói em torno daquele artesanato produzido quando se concretiza o que se intentou com a feitiçaria.

Feitiçaria também envolve a evocação de entidades e ou forças espirituais que o praticante julga ter sob seu controle ou que pode por meio de oferendas diversas controlar ou obter seu auxílio e ter seus objetivos conquistados.

Este tipo de feitiçaria é em 100% das vezes o poder de veicular a energia do próprio praticante, isto quando além do artesanato produzido o objetivo a ser conquistado deve ter o envolvimento do praticante, isto se o praticante tem a habilidade e os meios de fazê-lo, por exemplo os envenenamentos, acidentes e outros.
Com certeza ao evocar entidades e ou forças espirituais ou o que quer que seja, fortalece a vontade e crença e facilita o deslocamento da energia do praticante para atingir seu objetivo e cria nele a disposição favorável quando necessário que ele mesmo execute, tendo a firme crença em alguma proteção e mentoria externa. A própria evocação destas entidades e ou forças espirituais exige que o feiticeiro ou feiticeira produza alguma forma de artesanato que neste contexto também entram as ofertas de comida, sendo estas ofertas cuidadosamente feitas com ingredientes escolhidos pelo conhecimento do feiticeiro ou feiticeira e produzidas seguindo uma ritualística.
A feitiçaria pode e é utilizada para as mais diversas finalidades.

No TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES utilizamos a feitiçaria principalmente como forma de ataque à criação e também para atingir objetivos que abram o caminho para o grande alvo a se atingir que é a Liberdade do Espírito desperto.

BRUXARIA

A Bruxaria é em síntese o ato de se atingir o êxtase de formas arcaicas ou não, por meio de enteógenos ou não.
Este êxtase atingido pelo praticante é direcionado para que sua mente se desloque na própria dimensão , em outras dimensões, em níveis energéticos diferentes do que vive o praticante, nesta ou em outra dimensão, ou em seu próprio nível energético e este êxtase é utilizado para diversas finalidades como receber previsões e visões oraculares, desdobramentos astrais e etc..

Mas principalmente a Bruxaria é praticada para a expansão da consciência e ter contato com outras realidades, entidades e forças espirituais.

Na Bruxaria, tudo o que o praticante necessita é da sua disposição e coragem para que o se conhece como normalidade se esvaneça, quando a mente expandida entra em contato com o que existe ao redor em níveis multidimensionais e energéticos e mais ainda, quando a mente expandida do praticante entra em contato com suas próprias forças ocultas.

O fato é que utilizando ou não Enteógenos ou estando ambientado em locais específicos externos ou internos, o praticante de Bruxaria só necessita e depende dele mesmo.

As forças externas ao praticante, sejam fluxos de energia ou entidades, somente são conhecidas através do êxtase. E estas forças e entidades não podem ser controladas e não se submetem, o que ocorre é que sendo fluxo de energia, o praticante se esforce em compreender e utilizar estas energias e sendo alguma entidade, o praticante compreenda a história e o modo de ser da entidade e utilize este conhecimento como guia para o desenvolvimento de sua própria história, muitas vezes ganhando a simpatia da ou das entidades, mas sempre dependendo do esforço do praticante, pois tanto energias quanto entidades não farão nada mais do que já escrito acima.

No TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES desenvolvemos nossa Bruxaria com o objetivo de buscar o fluxo energético do Grande Verde Venenoso e dos Adversários da criação e encontrar as Entidades Adversarias, compreender o caminho que as levou a Libertação do Espírito. No TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES utilizamos o termo Xamã para o praticante da Bruxaria. Xamã por entender que é a palavra que melhor descreve o que fazemos e Bruxaria para contrariar o que atualmente se entende como xamanismo. Não utilizamos a Bruxaria para outra finalidade senão a de libertação do Espírito.

Finalizamos esta postagem com o firme propósito de afronta ao demiurgo e sua criação e como oposição a tudo o que utiliza da força do Espírito para manter a escravidão.

QUE NOSSA BRUXARIA SIRVA DE CAMINHO PARA O REINO DA ANTI-VIDA !

AUTO INICIAÇÃO

Existem um sem número de nomes para denominar o caminho percorrido ou a percorrer para o Espírito que iniciou seu despertar ou já desperto e ciente da sua escravidão buscar a Liberdade. Via Sinistra, o Caminho da Mão Esquerda, entre outras tantas denominações que estão por ai e com estas denominações as auto intituladas tradições, seitas, covens, ordens, correntes que assim como o TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES tiveram início em indivíduos que beberam do Grande Verde Venenoso e colocaram no papel, ou mais atualizadamente na Web, o que fizeram e fazem para após o grande despertar de seus Espíritos, atingir a Liberdade.
Obviamente Espíritos despertos que tomaram esta atitude o fazem em sintonia com os Adversários da criação, ou qualquer nomenclatura que tenham, colaborando ativamente com a estratégia de esvaziar da criação do valoroso Espírito que com sua energia a nutre e mantém, e esta atitude têm um alto valor, pois estes indivíduos arriscam-se a serem destruídos antes de conseguirem sua própria liberdade ao divulgarem seu caminho e correm o risco iminente de entrarem no radar dos asseclas do demiurgo.
Estes indivíduos que divulgam seus próprios caminhos dando origem às instituições já comentadas o fazem corajosamente e estão eles mesmo já em adiantado estado de libertação de seus Espíritos e já podem ser denominados Adversários da criação, mesmo ainda presos a matéria, pois já abandonaram o medo e abraçaram a Morte.

Ao Espírito que iniciou seu despertar ou que já desperto, inicia sua jornada rumo à Liberdade e retorno ao Outro Lado, o Reino Sem Fim da Anti Vida, deixamos esta postagem como alerta às armadilhas do caminho da Liberdade e afirmamos que a AUTO INICIAÇÃO É POSSÍVEL, desde que o Espírito tenha a disposição para isso e se liberte do medo, pois não há castigo superior ao de permanecer aprisionado na roda sem fim da escravidão da reencarnação, subjugado por maya a éons indefinidos até sua definitiva prisão, que é a fusão com o próprio demiurgo.

Sendo assim você Espírito que chegou até este site informamos que: sim todo ponto de partida é valido, todo conhecimento que é praticado é um firme e irretratável passo para a Liberdade.
Fazer ou não parte de qualquer instituição que seja JAMAIS lhe dará aquilo que busca, somente sua atitude perante o caminho é o que importa e você não precisa da permissão de NINGUÉM.

Se a sua caminhada o levou naturalmente a fazer parte de qualquer instituição, tradição, coven ou o que quer que seja, pois sim iniciações tuteladas têm seu valor, isto é ótimo, então seja ativo, pois fazer parte de alguma coisa enquanto aprisionado na matéria continua a ser ilusão e não lhe proporcionará a tão almejada Liberdade e desconfie daqueles que após você passar por uma iniciação formal querem te manter lá a todo custo, alegando que o conhecimento e a iniciação pela qual você passou só pode ser utilizada sob permissão ou somente naquele e para aquele local.

Incentivamos a você Espírito desperto que sim, experimente o que é melhor para você, pois somente você sabe. Beba do cálice do Grande Verde Venenoso e se participa de algum ajuntamento de Espíritos seja ativo e praticante, SEMPRE!
Bons conhecimentos estão aí para serem utilizados, não há regras a seguir, SOMENTE VOCÊ PODE SE LIBERTAR.
Não caia em armadilhas, pois continuará preso. Estude e pratique e pratique o que estuda, não peça ou dependa de permissão.

Esta é nossa mensagem a todos aqueles que despertaram e têm a coragem de caminhar seus próprios caminhos, utilizando a experiência de outros no inicio, mas que contribuem com a sua própria vivência para tornar-se ADVERSÁRIO DA CRIAÇÃO.

Possam encontrar com o TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES todos os que não querem amarras.

BRUXARIA

É denominada Bruxaria, Magia Negra ou qualquer adjetivo sombrio, malévolo, sinistro e destrutivo as práticas de manipulação do prana que são disseminadas pelos Adversários da criação e que têm os objetivos de combater o demiurgo e seus arcontes, de abrir rachaduras na concha de sua criação imperfeita, libertando assim os Espíritos para o Caos e esvaziando e enfraquecendo esta criação do prana enriquecido pelos Espíritos cativos.

A Quimbanda possui uma parte filosófica e uma parte prática que é a Magia Negra no seu sentido mais obscuro e que como esta parte prática possui diversas atividades, chamamos o conjunto destas atividades de BRUXARIA.

Após nos aprofundarmos em nossa Gnose, decidimos adotar o termo Bruxaria para as nossas práticas, pois notamos que existem diversas armadilhas que estão sendo utilizadas pelos asseclas do demiurgo e seus arcontes que fazendo uso de algumas terminologias difundidas como sendo do caminho da mão esquerda ou magia negra, enganam os incautos para reconduzir ao estado hipnótico o Espírito que iniciou sua busca pela liberdade.

Aqui é necessário uma ressalva, utilizamos o termo Bruxaria arbitrariamente, porém as práticas que levam o Espírito à libertação e ao combate contra o demiurgo não possuem necessariamente uma nominação, pois estas práticas são intuídas pelo Espírito que começa a despertar e são disseminadas pelos Adversários da criação, sendo “sussurradas” aos que sabem ouvir.

No TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES procuramos codificar estes “sussurros” tornando um conjunto de práticas rituais, de meditação, de atitudes mentais e de postura individual, sem tornar esta codificação um sistema fechado ou que fornece explicações explícitas, pois compreendemos que cabe individualmente ao Espírito a luta por sua libertação.

A Bruxaria praticada por nós é utilizada principalmente para direcionar a energia universal ou prana contra seu próprio criador, envenenando o prana com o Veneno da Serpente Velha, para que a criação seja corroída pela sua própria energia e assim o Espírito cativo utiliza sua Chama Negra apenas para seu próprio despertar e libertação e não mais para enriquecer o prana e manter a criação.

“QUE A NOSSA BRUXARIA IMPREGNADA DO VENENO DA SERPENTE VELHA SEJA O COMBUSTÍVEL DA CHAMA NEGRA QUE VAI QUEIMAR A CRIAÇÃO EM HOLOCAUSTO…”

Práticas de Bruxaria, Quimbanda Ceifadores. Veneficus Malus, 2013.

MISANTROPIA

O ser humano nasce e morre sozinho, em todos os momentos da existência o ser humano está só.
O cenário ao redor do indivíduo e que é percebido pela mente consciente é apenas a ilusão de que existe uma conexão com o que quer que seja.

Qualquer tipo de emoção por mais forte que se apresente, existe somente na mente do indivíduo e embora outros indivíduos possam estar inseridos no mesmo cenário, a percepção será única e particular.
Da mesma forma qualquer experiência, ainda que experimentada em grupo, será única e exclusivamente uma percepção individual, por mais parecidos que forem os relatos sobre a experiência.

A conexão entre os indivíduos, entre o indivíduo e o universo que o rodeia, empatia ou qualquer que seja a terminologia para expressar qualquer tipo de conexão com o que que que seja é um mecanismo do demiurgo e seus arcontes, mais precisamente o arconte conhecido como maya, para manter o Espírito em estado hipnótico, não permitindo a percepção de que o Espírito está só em sua cela de matéria.
Este mecanismo traz a falsa percepção de conexão ao Espírito e é reforçado por conceitos como coletividade, fraternidade, sociedade, casta, família, descendência, raça e outros que levem ao sentimento de pertencimento servem para encobrir a realidade da escravidão do Espírito, uma vez que subjugado na matéria, percebe somente o que seus subjugadores desejam.

Maya que em sânscrito significa ilusão e em outras culturas recebe outros nomes é o arconte responsável pelo engendramento da trama ilusória criada para manter o Espírito cativo na matéria imperfeita em qualquer dimensão ou nível vibracional.

Como arma para a dissolução de maya o TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES se utiliza da Misantropia.
Misantropia em seu termo original é utilizado para designar o ódio à humanidade e a insociabilidade do indivíduo, o termo é utilizado pelo Templo incluindo em seu significado o ódio a si mesmo e a própria condição do ser.
Manifestando este ódio contra a própria existência, o Espírito rasga a trama de maya, pois enxerga que está como um prisioneiro em uma cela solitária, desfazendo a ilusão de que têm qualquer tipo de conexão ou pertencimento.

O TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES utiliza a Misantropia como Foice que a cada golpe abre rasgos na trama de maya até que em conjunto com as demais praticas do Templo e o auxílio dos Adversários da criação o Espírito se liberte da prisão do demiurgo.
A Misantropia praticada pelo Templo é a refinação da percepção do Espírito como Adversário da criação.
Ódio por ódio é somente mais um grilhão que prende o Espírito ao sistema demiúrgico e todo aquele que busca conexão com o que quer que seja enquanto prisioneiro na matéria, continuará na roda da escravidão por seguidos aeons até que realmente seja conectado ou incorporado à energia do demiurgo, perdendo qualquer chance de libertação.

A Misantropia desenvolvida no TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES vai além do ódio mundano, nossa Misantropia leva o Espírito à completa indiferença e frieza não somente com a maya externa, mas também a maya que se internalizou no Espírito, mantendo-o cativo pela auto-imagem.
Nossa misantropia têm o objetivo da não existência do ser, retornando o Espírito a sua condição de Espírito livre no Caos.