A FORMAÇÃO DA EGRÉGORA QUIMBANDA CEIFADORES

A FORMAÇÃO DA EGRÉGORA QUIMBANDA CEIFADORES

A Quimbanda Ceifadores teve início com a união dos Exus Tata Caveira, 7 Caveira, Morcego, Mirim, 7 Porteira, Zé do Coco, Zé Caveira, Nego Véio Zuza e Zé Pretinho e das Pombagiras Tata Mulambo, Maria Quitéria, Maria Amélia, 7 Porteiras, Rosa Caveira, Rosa Negra, Maria Caveira, Morcego e Dama do Sangue. Com o passar do tempo outros Exus e Pombagiras vieram a fazer parte da Egrégora Quimbanda Ceifadores.

Estes Exus e Pombagiras que se manifestavam da forma tradicionalmente estabelecida, manifestando-se cada qual em sua falange de origem, se dispuseram a criar uma nova egrégora, solicitando aos Maiorais de suas falanges e reinos para que pudessem dar continuidade ao desafio que se apresentou durante as práticas, de tornar manifesta em terras brasileiras e utilizando a via sinistra que aqui se apresenta, uma prática contrária à escravidão do Espírito pelo demiurgo. 

Este fato foi necessário e possível quando a contraparte no plano físico atingiu a compreensão de que ou continuaria com o culto aos Exus e Pombagiras da forma tradicional ou empreenderia em uma nova forma de prática, utilizando das forças catalisadoras que se apresentaram em nosso País para atingir o objetivo de libertar o Espírito e retornar ao Caos Primordial.

A libertação do Espírito da escravidão da existência não é uma prática nova ou inédita, mas que até então era necessário se conectar com egrégoras estabelecidas em outros idiomas, culturas e formas de prática e por este motivo tornavam difícil ou inacessível para o buscador que têm este objetivo na Senda Sinistra.

Palavras como: Quimbanda, Exu, Pombagira, Kiumba, Egun, Macumba e outras serviram para os Poderosos Mortos como peças de um quebra cabeça, onde o buscador que iniciou o despertar de seu Espírito e luta por sua Libertação pudessem montar diversos cenários que sirvam de guias para atingir este objetivo.

Estas e outras palavras dão pistas ao buscador de onde ele pode encontrar Forças Ancestrais Iradas que fazem guerra ao demiurgo, seus arcontes e asseclas e embora questões etimológicas existam, o fato é que todas as palavras do caldo cultural que o Brasil foi formado e têm a conotação que foi imposta pelos asseclas do demiurgo como sendo “do diabo” se tornaram símbolos da Via Sinistra no Brasil e estas questões etimológicas mostram-se sendo apenas máscaras e não se trata de modificar ou impor um significado aleatório, pois o simbolismo foi reforçado justamente por quem agora se apressa em tentar dissolvê-lo.  

A iniciativa em criar uma egrégora com este objetivo utilizando a parte da Escuridão do Grande Abismo que tomou forma no Brasil se apropriando das nomenclaturas de outras culturas que se estabeleceram em nosso País mas que claramente têm sua origem em práticas de Feitiçaria e Bruxaria de ataque ao sistema escravagista ainda vigente, resistência contra a tirania imposta por todos os sistemas religiosos e que representam em suas manifestações a Grande Serpente Antiga que demanda contra a criação e a escravidão do Espírito Acausal na matéria imperfeita.

A egrégora Quimbanda Ceifadores tem como Maioral a Morte e presta honras à Grande Serpente Antiga que é o Maioral dos Maiorais.

O culto à Morte que a Quimbanda Ceifadores se esforça em representar é o culto à verdadeira Morte, a cessação da existência em todos os níveis energéticos e em todos os multiversos onde haja existência material em qualquer aspecto que se apresente e a libertação do Espírito Acausal.

Repetimos o que foi escrito acima, esta não é uma prática ou objetivo inédito, sendo encontrada ainda em uso no Tibet na forma do Budismo da Escola do Norte em seu Livro Sagrado Bardo Thodol, no Gnosticismo Clássico, nas práticas Qliphóticas do Livro de Azerate, no Thursatru Nórdico, na forma de Budismo conhecida como Chod do Budismo Bon, em práticas Tântricas na Índia que é de onde o termo “mão esquerda” ou Vamachara deriva, no culto aos Ajoguns na Nigéria, no Xamanismo Negro onde são cultuados os Senhores da Guerra e do Inferno, enfim diversas formas práticas de conduzir o buscador que iniciou o despertar do seu Espírito à grande libertação da ilusão da criação que foi imposta pelo demiurgo, o sonhador imperfeito, o déspota que ordenou as fagulhas Espirituais apenas para sua manutenção e de seus arcontes.

Desta forma, sob a instrução de nossos Mestres Exus e Pombagiras ousamos a aceitar este desafio, se teremos sucesso não sabemos, se iremos permanecer firmes no propósito até as últimas consequências, com certeza!