INCORPORAÇÃO, POSSESSÃO E EXCORPORAÇÃO

O TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES têm como parte de suas práticas o contato com almas dos mortos, entidades não humanas e forças cósmicas e o contato com as forças do inconsciente do praticante. Seguimos estas três formas de prática como caminho para a libertação do Espírito do praticante, pois este tipo de contato mais invasivo com energias externas pode provocar no espírito um choque por aversão, onde o Espírito Desperto consegue desprender energia suficiente para se libertar, deixando o cárcere da criação de uma vez. Dizemos choque por aversão pelo fato de que ao entrar em contato com a alma dos seres humanos mortos, entidades não humanas e forças cósmicas e o contato com as forças do próprio inconsciente que também se tornam externas por constelação, o Espírito Acausal consegue enxergar a extensão de sua prisão, ou seja, o Espírito consegue a compreensão total de que as almas dos mortos, as forças cósmicas, entidades não humanas e suas próprias forças mantidas inconscientes estão presas em uma trama mantida pelo demiurgo e seus arcontes e que não importa o nível dimensional em que esteja, a enormidade de potência que represente ou seja, enquanto estiver habitando a criação o Espírito é e será sempre apenas mais um escravo. Esta profunda compreensão se torna então a aversão a criação e à condição de escravo, gerando a energia para que o Espírito rompa as cadeias que o prendem.

Adotamos as nomenclaturas já existentes no meio “espiritual”, por assim dizer, das palavras: Incorporação e Possessão e acrescentamos uma terceira que é mais utilizada no âmbito acadêmico da psicologia, porém servindo muito bem para conseguir traduzir em uma palavra a prática que também realizamos: a Excorporacão. Não nos deteremos em elucubrações etimológicas e conceituais, apenas basta saber que as palavras utilizadas descrevem as nossas práticas, trazendo à mente fenômenos bastante conhecidos.
Nesta postagem escreveremos brevemente sobre estas três práticas que realizamos.

INCORPORAÇÃO

A incorporação é uma prática onde se propõe que a alma de um ser humano morto possa se conectar a um médium através dos chakras e comandar seu corpo conseguindo assim interagir com o meio em que se manifesta. A incorporação pode acontecer em diversos níveis de consciência do médium e de controle da alma, sendo o mais leve como uma inspiração onde o médium sofre uma forte corrente mental que o influência e o médium traduz esta influência, até um grau mais profundo onde o médium possui pouca ou nenhuma consciência e controle sobre seu corpo e a alma do morto pode interagir com os vivos, se apresentando com todas as suas características, ou seja, mode de falar, expressões, trejeitos e em alguns casos até odores.
Há um sem número de técnicas para desenvolvimento desta habilidade assim como finalidades e é uma prática comum em diversas culturas ao redor do mundo.
Em algumas culturas também é utilizada a técnica de incorporação de almas de seres humanos vivos, onde a alma de um ser humano que está adormecido ou entorpecido têm a capacidade de se deslocar na dimensão dos mortos e incorporar em um médium, trazendo assim uma comunicação mais confiável, pois o ser humano que realiza esta técnica é membro da sociedade e passível de ser responsabilizado caso incorra em engodo.
Seja como for, a incorporação é um fenômeno humano comum, bastando ao praticante boa vontade para cumprir certas etapas e paciência para obter um resultado satisfatório.

POSSESSÃO

A possessão é uma prática onde uma entidade não humana ou uma força cósmica toma por completo o corpo e a consciência do praticante, diferentemente da incorporação, a possessão não é algo comum e não é uma prática corriqueira, pois para que aconteça a possessão são necessárias além da predisposição do praticante, uma preparação especial e alguma ritualística mais elaborada. Desde a Grécia Antiga que são os registros escritos mais antigos que se têm desta prática até a Índia moderna onde entidades não humanas e forças cósmicas se apoderam de corpos humanos em festivais religiosos, encontramos também esta prática na Africa, Tailândia, Polinésia, Países Nórdicos, Países do Leste Europeu, alguns países do Reino Unido e alguns países Árabes.
A possessão têm finalidades bem definidas e de caráter geral, ou seja, têm sua utilização para a sociedade ou coletividade que realiza o ritual, seja para abundância de colheitas e desenvolvimento de criações de animais, para favorecimento em guerras ou proteção contra inimigos da coletividade, para livrar a coletividade de pragas, desastres e mortalidade infantil entre outras finalidades que atendam a coletividade ou a sociedade.
A possessão da mesma entidade não humana ou força cósmica também pode ocorrer de forma coletiva, onde uma única força ou entidade possui diversos indivíduos de uma vez, ou diversos aspectos desta força e diversas entidades de mesma função ou hierarquia podem possuir mais de um indivíduo e mais raramente podem possuir um único indivíduo, porém nestes raros casos a destruição do corpo do indivíduo é certa e é vista na sociedade ou coletividade onde ocorre como um sacrifício à força cósmica ou entidade não humana.

EXCORPORAÇÃO

A excorporação pressupõe colocar para fora do indivíduo aquilo que lhe faz mal. Em nossa prática aplicamos a técnica de excorporação para que o praticante possa externar suas forças inconscientes sombrias e assim identificá-las e dar-lhes utilidade e então integrar estas forças novamente em seu Espírito.
As forças sombrias do inconsciente são aspectos do Espírito que está encarcerado pela ilusão da consciência e quando o praticante começa a excorporar estas forças, as identificando e fazendo uso delas, acabará por compreender que apesar de parecerem forças externas, pois estão consteladas, são na verdade uma única força que é a força do seu Espírito, passando assim a tornar-se um Espírito Desperto e conforme vai avançando na prática, vai destruindo as barreiras da ilusão que o colocam como seres em separado, praticante e Espírito, em um só ser, o Espírito Acausal.
Esta é uma prática que demanda comprometimento total do praticante e apesar de ser acessível a qualquer pessoa, pois não envolve ritualística complicada, local específico, ou qualquer outra coisa que não seja a vontade e compromisso, também é uma das práticas mais difíceis de serem realizadas.
Encontramos esta prática em algumas regiões da Asia e da Índia.

Independente da máscara que utilizamos ou do papel que desempenhamos na criação e em qualquer nível energético ou dimensional, enquanto existimos somos escravos……