MISANTROPIA

O ser humano nasce e morre sozinho, em todos os momentos da existência o ser humano está só.
O cenário ao redor do indivíduo e que é percebido pela mente consciente é apenas a ilusão de que existe uma conexão com o que quer que seja.

Qualquer tipo de emoção por mais forte que se apresente, existe somente na mente do indivíduo e embora outros indivíduos possam estar inseridos no mesmo cenário, a percepção será única e particular.
Da mesma forma qualquer experiência, ainda que experimentada em grupo, será única e exclusivamente uma percepção individual, por mais parecidos que forem os relatos sobre a experiência.

A conexão entre os indivíduos, entre o indivíduo e o universo que o rodeia, empatia ou qualquer que seja a terminologia para expressar qualquer tipo de conexão com o que que que seja é um mecanismo do demiurgo e seus arcontes, mais precisamente o arconte conhecido como maya, para manter o Espírito em estado hipnótico, não permitindo a percepção de que o Espírito está só em sua cela de matéria.
Este mecanismo traz a falsa percepção de conexão ao Espírito e é reforçado por conceitos como coletividade, fraternidade, sociedade, casta, família, descendência, raça e outros que levem ao sentimento de pertencimento servem para encobrir a realidade da escravidão do Espírito, uma vez que subjugado na matéria, percebe somente o que seus subjugadores desejam.

Maya que em sânscrito significa ilusão e em outras culturas recebe outros nomes é o arconte responsável pelo engendramento da trama ilusória criada para manter o Espírito cativo na matéria imperfeita em qualquer dimensão ou nível vibracional.

Como arma para a dissolução de maya o TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES se utiliza da Misantropia.
Misantropia em seu termo original é utilizado para designar o ódio à humanidade e a insociabilidade do indivíduo, o termo é utilizado pelo Templo incluindo em seu significado o ódio a si mesmo e a própria condição do ser.
Manifestando este ódio contra a própria existência, o Espírito rasga a trama de maya, pois enxerga que está como um prisioneiro em uma cela solitária, desfazendo a ilusão de que têm qualquer tipo de conexão ou pertencimento.

O TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES utiliza a Misantropia como Foice que a cada golpe abre rasgos na trama de maya até que em conjunto com as demais praticas do Templo e o auxílio dos Adversários da criação o Espírito se liberte da prisão do demiurgo.
A Misantropia praticada pelo Templo é a refinação da percepção do Espírito como Adversário da criação.
Ódio por ódio é somente mais um grilhão que prende o Espírito ao sistema demiúrgico e todo aquele que busca conexão com o que quer que seja enquanto prisioneiro na matéria, continuará na roda da escravidão por seguidos aeons até que realmente seja conectado ou incorporado à energia do demiurgo, perdendo qualquer chance de libertação.

A Misantropia desenvolvida no TEMPLO QUIMBANDA CEIFADORES vai além do ódio mundano, nossa Misantropia leva o Espírito à completa indiferença e frieza não somente com a maya externa, mas também a maya que se internalizou no Espírito, mantendo-o cativo pela auto-imagem.
Nossa misantropia têm o objetivo da não existência do ser, retornando o Espírito a sua condição de Espírito livre no Caos.